" Jesus Cristo Bebia Cerveja", de Afonso Cruz, no Ípsilon.Público
Tragicomédia alentejana
"(...) não sendo do reino do fantástico, está tão eivado de acontecimentos improváveis que adquire uma qualidade quase “irrealista”, o que não é o mesmo que inverosímil.
(...) Cruz maneja com facilidade este tipo de cenas, que realçam a impunidade dos fortes ou a aceitação da fraqueza por parte dos fracos. (...)
Note-se que Cruz também é capaz de iluminar uma personagem, uma situação, com uma frase. A avó de Rosa sonha com pardais e por isso “leva migalhas para a cama para [lhes] dar de comer” (p. 205), o que nos diz da degradação mental da senhora. “Rosa nunca se sentiu única” porque tudo o que lhe acontece é minimizado pela avó, que lhe diz “isso também já me aconteceu” (p. 157). Isto é de uma humanidade imensa e é feito com simplicidade. (...) (in Ípsilon.Público.23.09.13)
Leia o texto em Ípsilon.Público.23.09.13